quinta-feira, novembro 27, 2003

Maioridade Penal

Vou continuar na minha posição de mero apresentador da discussão sobre Comoção popular X coação legal como forma de redução da criminalidade.
Peço desculpas por não adentrar o mérito da questão. Não é por falta de opinião, mas, pelo contrário, por puro cansaço acadêmico, afinal, este é o tópico constante de minha discussões e minha área de interesse no Direito.
Só sinto que não posso deixar a oportunidade esfriar, afinal, o calor da imprensa dura pouco e o povo esquece rápido. O perigo é que estes conceitos pré-formados como o de que "o aumento da punição pode inibir a criminalidade" acabam sedimentados por pessoas que buscam, no consenso popupular as opiniões mais oportunas para incluir no seu discurso e se firmar no gosto geral do eleitorado.

O assunto ainda é sobre o caso do casal adolescente que foi assassinado.
Vejamos o que pensa o Lula:

"Lula é contra redução da maioridade, mas admite revisão do ECA"

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira em Brasília que é contra a redução da maioridade penal, por não ser "uma solução mágica", mas admitiu a possibilidade de revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
"Eu confesso a vocês que sou contra (a redução da maioridade penal). A cada vez que acontece um crime desses que choca a população começam a se apresentar soluções mágicas. Não tem solução mágica. A pena de morte não é solução mágica, não foi em nenhum país onde foi criada, a redução da maioridade não é solução mágica."

Nisso eu concordo com o Presidente.

sexta-feira, novembro 14, 2003

kick off the BALDE

I need some vacations.
Nessessito de vacaciones,
Ehgherostab fhüwerestish,
Presisô d' fêrriás,
it nit san chin gô rô,
kara karamba kara kara ô,
thussand syyiiinerush,
mi parolas esperantom
El pueblo vencerá
Aus zein drein FFFacation,
#%&&* §""OO
01 01 10 01 10 10 01


Eeeeeu.....(arf arf arf) pre.... pre... preciiisss preciso de.... umas.... féééé....

segunda-feira, novembro 10, 2003

Seis anos.

Seis anos!!
Criança de seis anos é para brincar, não pensar em nada e se divertir.
Criança de seis anos é para estar na pré-escola, ter turminha e provocar a turminha das meninas.
Criança de seis anos é para sentir-se totalmente dona do mundo, ainda que seu mundo seja a casa, os brinquedos, desenho animado e os amiguinhos.
Criança de seis anos é para não ter ambição nenhuma, além daquele carrinho bacana ou daquele boneco legal que passou na TV.
Criança de seis anos é para encher a casa de alegria, falar sem papas na lí­ngua e fazer pirraça.
Criança de seis anos é para acreditar em super-herói, bruxa e papai-noel.

Não, criança de seis anos não é para trabalhar de "aviãozinho" para traficante, nem morrer de tiro. Mas morreu!

É surreal demais, mas morreu.

É deprimente demais, mas morreu.

Toda palavra me escapa agora, mas restariam mesmo de todo inúteis. De que elas serviriam? Para acusar o maquinário social e suas falhas cruéis? Para criticar a aceitação humana do capitalismo indiscriminado? Para condenar sua absurda capacidade de não dividir? Para falar de nós, de nossa inércia covarde?

Não, de nada serviriam as palavras agora. Já rogamos sobre nós todas as pragas e maldições que a sociedade poderia: Deixamos mais uma criança morrer.

Aos que crêem em Deus, fiquem certos: neste momento seu peito explode em dor e suas lágrimas são sanguíneas e amargas. Sua tristeza é ira contida e esta ira se voltará contra nós.

Estamos condenados.