Lá vou eu, em busca paz.
As montanhas me convidam para longe da cidade.
Há barulho ainda, muito distante e, por isso mesmo, assustador. É a cidade com seu trovoar abafado, algo como uma colméia gigante ou uma enorme máquina escavando à distância, um barulho constante e estático. Uma colônia que se esparrama lenta e ameaçadoramente.
Ouvindo aquilo em meio à paz das montanhas percebi o medo que natureza deve sentir com nossa presença.
Somos praga.
Dou mais um gole na garrafa de plástico, viro as costas e sigo adiante...
Se projetassem o tempo em alta velocidade, talvez sobre meus rastros, num futuro próximo, haverá asfalto, postes, casas, carros passando.
Estranho, mesmo sabendo disso, não consigo parar de andar.
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